quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sara, a judia

Para escrever Sara foi importante ir a Israel. Não é o país que se vê na CNN. É uma surpresa, é arrebatador e, ao mesmo tempo, estranhamente familiar. Jerusalém tem o poder de ser um lugar fundador e o mistério das coisas que não se explicam. Sara cresceu aí como personagem, beneficiando da amizade de Nathan e Raya Cohen que vivem em Nahariya, depois de Haifa. É uma cidade pequena fundada por judeus alemães. Para se chegar à praia é precisar atravessar as pequenas cancelas e pagar pelo privilégio de nos banharmos no mediterrâneo. Aprendi muito em Israel.
O segundo capítulo de livro é a viagem de Sara a Israel. Vai resgatar uma herança de família e, pela primeira vez em muito tempo, confronta-se com os seus fantasmas, receios e dúvidas. Sara é jornalista. Preza-se por ter um plano e, de repente, compreende que o falhou por completo: não sabe quem é, para onde vai. Viajar por Israel não a leva a nenhuma conclusão e é isso mesmo que, já em Amesterdão, Sara partilhará com Manuel Guerra.

1 comentário:

papu disse...

Patrícia

não resisto a comentar, já que no seu outro blog tem os comentários fechados, e neste não. Descobri o seu blog há pouco tempo e tenho-o visitado com assiduidade. De si já li "morder-te o coração" de que gostei bastante. Mas estou morta de curiosidade de ler este seu silêncio de Deus. Já o encomendei à minha mãe, que mo trará pelo natal. É muito interessante poder ler estas pequenas notas sobre como as personagens nasceram, como foram crescendo, ocupando espaço. É como se fosse possível ler o processo paralelo ao livro, o da sua construção e criação, na cabeça do autor, que é sempre uma fantasia apetecível na cabeça do leitor (bem, pelo menos na minha).

E fico-me por aqui.

Bem haja e felicidades :-)

Gabriela